Capítulo 1 – Últimas Palavras: Martha Metzgar


Desde o começo da viagem Martha prefere ficar calada, observando. Ela tinha se apegado muito facilmente àquelas criaturas que poucos dias antes havia incendiado sua vila.

Ela sentia os olhares de estranheza. Ficaria quieta. Tentar convencê-los de qualquer coisa só pioraria tudo. O fato é que ela via os sáurios apenas como “gente de outro lugar”. Modos, costumes e idioma podiam diferir, mas todos tinham as mesmas necessidades, os mesmos pensamentos e emoções.

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Capítulo 1 – Últimas Palavras: Henkel Trammfarr


Henkel olha para trás e sorri: “Dever cumprido”. O braço do escudo pende lado ao seu corpo, inerte. Teria de segurar aquelas abominações apenas com sua lança.

Talvez Shaha conseguisse usar alguma de suas artes curativas a tempo, já que as defesas e fortificações de Lara pareciam não funcionar…

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Capítulo 1 – A Caminho do Paraíso (Parte 4 – Final)


Meltse não conseguia entender o que aconteceu. Estava em estado de choque, sem querer acreditar em tudo o que tinha presenciado… Tudo parecera tão tranquilo… Até a chegada daquele fatídico momento…

Desde o momento em que tinham saído da caverna só pensava em fugir. Ficou quieto o tempo todo, a espera de uma oportunidade surgir. Pensou até mesmo em testar a resistência da gaiola quando não tivesse ninguém olhando, coisa que não aconteceu.

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Capítulo 1 – A Caminho do Paraíso (Parte 3)


Bem cedo, antes de amanhecer, o comboio parte, sem pressa: estavam já na metade do caminho. Os humanos acordam com o sacolejar da carroça, atordoados. Os sáurios já não estavam mais tão despreocupados como antes. Preparavam-se para sair da trilha e seguir pela estrada.

Nenhum deles gostava daquela ideia de seguir pela estrada, no entanto era isso ou atravessar a mata fechada.

A preocupação e os nervos dos sáurios era visível. E assim os humanos começam a ficar apreensivos também. Percebendo isso, um dos sáurios se aproxima da carroça:

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Capítulo 1 – A Caminho do Paraíso (Parte 2)


Os humanos estavam muito desconfiados. No entanto nada podiam fazer além de esperar e desejar para que não acontecesse nada de ruim. Apenas Martha parecia se divertir com aquela situação toda.

Shaha finalmente chega próximo à carroça. Então desmonta calmamente e começa a fuçar em seus alforjes a procura de alguma coisa. Os outros sáurios se aproximam também, já que para eles aquilo era sempre um evento interessante. Enquanto isso, os humanos apenas observam, num misto de medo e curiosidade.

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Capítulo 1 – A Caminho do Paraíso (Parte 1)


“No caminho até a tal capital sáuria será a nossa única chance de escapar” — pensa Meltse, assim que a comitiva de sáurios e humanos sai da caverna em Hochberg. Zepelli discorda totalmente: “Se preparados e armados não conseguimos ganhar de quatro deles, imagine agora contra dez! E nós desarmados!”

— Só seremos libertados quando eles quiserem. — murmura Martha — Acho que é o que vai acontecer por fim. Afinal eles foram até gentis conosco se vocês pararem para pensar…

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Capítulo 1 – O Covil dos Sáurios (Parte 4 – Final)


“O que será que está acontecendo em Hochberg agora?” — pensa Meltse — “Provavelmente os outros já voltaram para a vila e a encontraram completamente destruída. Talvez tenham conseguido salvar alguma coisa… Pelo menos devem estar todos bem. Nem quero imaginar quando os caçadores voltarem e encontrarem apenas ruínas…” Algo interrompe seus pensamentos: havia um sáurio a sua frente oferecendo-lhe comida.

Ele aceita resignado. Estava com fome e aquilo tinha um cheiro bom. Parecia uma sopa, só que bem mais encorpada. E tinha um gosto que nunca havia sentido antes. Era bom!

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Capítulo 1 – O Covil dos Sáurios (Parte 3)


Meltse não entendia coisa alguma de sáurio, mas era nítido que algo muito errado tinha acontecido durante o saque. O sáurio de armadura estava extremamente irritado com um dos líderes dos saqueadores. A cena toda lembrava muito um pai dando um sermão no filho. E um dos bem grandes. Ele mesmo já esteve em situação parecida algumas vezes.

Por fim os ânimos entre os dois sáurios parece amainar. Um deles sai rapidamente e desaparece. Enquanto o outro, o de armadura, começa a caminhar em direção a Meltse e aos outros humanos. Todos ficam imediatamente apreensivos. Talvez o destino de todos fosse finalmente determinado. E talvez aquele sáurio seria o carrasco…

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Capítulo 1 – O Covil dos Sáurios (Parte 2)


Lamark passa todo o caminho de volta preocupado. Tinham conseguido a comida, mas o plano em geral foi um verdadeiro fracasso: queimaram a vila, o que por si só poderia gerar um ódio muito grande. Como se não bastasse, tiveram que levar prisioneiros. Infelizmente foi o melhor que conseguiu pensar no momento: deixá-los livres faria com que fossem seguidos por uma vila enfurecida; matá-los estava fora de cogitação, era contra seus princípios e transformaria a fagulha do ódio num verdadeiro incêndio.

Nem queria imaginar a reação de seu pai! Toda uma confusão porque não conseguiu ganhar a confiança de Tork. Se tivesse percebido antes o quanto Tork o menosprezava… Agora tinha o ódio dele, conseguiu apenas mais um inimigo…

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Capítulo 1 – O Covil dos Sáurios (Parte 1)


Meltse se sentia abatido. Havia falhado em defender tanto Hochberg quanto seus companheiros, conhecidos e vizinhos. Deixou a vila ser pilhada e queimada… Não fazia a menor ideia de como iria encarar a todos. Ou o que seu pai iria pensar dele…

Fica imaginando as piores reações possíveis. Via os moradores voltando do refúgio para se deparar com… nada. Todos o odiariam por ter sido um péssimo defensor. Então, chegariam os caçadores, juntamente com seu pai, abatidos e desejosos de uma cama quente e macia. E o que encontrariam? Nada. Nem teto por cima de suas cabeças.

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